O meu sentimento preferido

Se eu pudesse escolher um sentimento preferido, esse sentimento seria a tristeza.
Sim, essa tristeza que sinto cada vez que me despeço de ti.
Sabes porquê?

Porque essa tristeza significa que, mais uma vez, os momentos que passamos juntos foram tão bons mas tão bons que eu não queria nunca que eles acabassem.

Porque essa tristeza significa que eu vou ter saudades tuas. Saudades essas que vão fazer com que o nosso próximo reencontro seja ainda mais apaixonado!

Porque essa tristeza significa que me vou sentir desconfortável afastado de ti, e isso é muito bom porque o único sítio do mundo onde eu realmente me sinto - e quero sempre sentir - confortável e feliz é aquele onde estou ao teu lado.

Porque essa tristeza é o pequeno preço a pagar para termos um futuro onde o dizer-te um "adeus" é a excepção e o sussurrar-te ao ouvido um "boa noite" é a regra...

Mas, acima de tudo, porque essa doce tristeza me faz lembrar a cada momento que não há ninguém no mundo mais importante para mim do que tu, e essa é a razão que me deve impelir a lutar para te fazer feliz todos os dias.

Amo-te, minha princesa!

Parabéns =)

Amar

Eu não amo como o resto das pessoas amam! Para mim, amar é sacrificar-me pela outra pessoa, é ter uma vontade incontrolável de estar com ela, é dizer "amo-te" mal acordo e repeti-lo imediatamente antes de me deitar, é compreender que haverá dias em que a conversa não é tão interessante como noutros mas não permitir que isso afecte a nossa relação, é perceber que por vezes vamos entrar na rotina e para evitar isso estar sempre disposto para fazer algo diferente, é ser incapaz de me fazer passar por 'frio' só para que ela sinta mais a minha falta, é não ter medo de lhe contar os meus medos e as minhas preocupações por achar que ela me vai considerar um fraco, é ser incapaz de ter sentimentos por outra pessoa que não ela e é olhar para ela e achar que é a mulher mais bonita à face de Terra. Não, eu não amo como todos os outros amam! Por isso é que tanto tempo depois ainda continuo preso na indecisão de seguir com a minha vida ou voltar atrás para lutar por ela mais uma vez. Isto apesar de saber que, mais uma vez, ela vai ignorar todos aqueles sentimentos que se escondem no seu coração com um gato por trás de um sapato e vai voltar a dizer-me para a esquecer... Quando a beijei pela primeira vez, arrebatou-me a alma, entranhou-se na minha pele e ficou-me marcada para toda a vida. E hoje não consigo nutrir por ela outro sentimento que não o amor. Ódio, mágoa e ressentimento? Não, guardo apenas a dor de acordar todos os dias e saber que não é minha. Sim, definitivamente, eu não amo como as outras pessoas amam...

Não me sais da cabeça

Estou louco, só posso...

Perdido, no meio de um poço...

Vagueio nos pensamentos

E dou de cara com sentimentos.

Olho ao redor e só vejo a tua face.

Na minha mente vejo tudo o que está por trás,

Vejo os olhares que trocamos,

Vejo os sorrisos que me dás.

Enfeitiçaste-me como uma feiticeira!

Enrolaste-me numa longa esteira

De simpatia, de conforto e de alegria

E que, no fundo, me dá forças para o dia.

Só que também é uma cruz pesada...

Talvez não a consiga carregar

Porque quando não estou contigo

As saudades me vêm vergar.

Afinal de contas, o que é isto que me fazes sentir?

Que maldição é esta que trazes ao meu porvir?

Será angústia, temor ou dor?

Já sei! Já descobri! Apenas despertaste em mim o amor...

"Três maçãs mudaram o mundo: a primeira seduziu Eva, a segunda caiu na cabeça de Newton e a terceira estava nas mãos de Jobs"

Steve Jobs

Fundador e ex-CEO da Apple

(1955-2011)

Sol na escuridão

Dia escuro, mundo frio.
Nuvens cobrem o céu.
Aqui, debaixo delas,
Não tenho nada de meu.

Gotas de chuvas caem lentamente,
Ritmadas, fazem música sem alegria.
O meu coração não as acompanha:
Parado, não sabe qual é a melodia.

Um raio de Sol penetra as nuvens,
Bate no meu rosto sem calor.
Transmite-me uma esperança:
"Será que afinal tenho valor?"

O meu coração bate uma vez,
Compassadamente, adquire balanço.
Será possível o que vejo?
À minha frente está um anjo!

Com o seu sorrisinho tímido
Olha para mim e estende a mão.
Tento alcançá-la, tento tocá-la.
Não resisto e corro na sua direcção.

Um abraço apertado dá-me a certeza.
No meio da escuridão, encontrei o Sol.
Feliz estou, o meu coração dança,
Neste mundo triste, afinal não estou só.

(Para ti, meu anjo, meu Sol no meio da escuridão)

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole.
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried alout.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade.
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley

(Tradução livre e adaptação:
No meio da noite que me cobre,
Negra como um Poço, de sul a norte.
Eu agradeço a quaisquer deuses que existam
Pelo meu espírito forte.

Diante da cruel garra da circunstância
Não recuo nem choro.
Fustigado pelos golpes do acaso
A cabeça sangra, mas não me dobro.

Além deste lugar de choro e ira
Agiganta-se apenas o Horror da obscuridade.
Mas ainda assim a ameaça dos anos
Encontra-me, e sempre me encontrará, ousado.

Não importa quão estreito o caminho,
Quantos castigos ainda tiver de sofrer.
Eu sou o mestre do meu destino:
Eu sou o capitão do meu ser.

João Filipe Macedo)

Anjo branco

Vagueio sem sentido pelas ruas
E procuro aquilo que me é familiar.
Os teus olhos, o teu sorriso,
O conforto que eles me trazem, é o que eu quero encontrar.

Anjo branco, por onde andas?
Fazes-me dos meus sentidos duvidar.
Em cada lenço branco que vejo,
Sinto a tua presença no ar.

Anjo branco, volta para mim,
O meu coração não quer mais pulsar.
Vida revelada num momento, onde andas?
Eu quero-te aqui encontrar.

Que é isto? Sinto um puxão?
Porventura sinto-me a levitar?
Os meus pés no chão já não estão,
E eu avanço pelo ar.

Anjo branco, puxas por mim,
Transporta-me em direcção ao mar.
Não me deixes cair, anjo bom!
Não me deixes aqui afogar.

No horizonte eu vejo o sol.
O ar de maresia eu estou a inspirar.
Uma ilha se afigura adiante.
É ali que me vais levar?

Isolados do resto do mundo.
Sozinho com o teu olhar.
Tu sorris e olhas para mim.
Oh, quero contigo estar!

Anjo branco, fazes-me feliz.
Aproximas-te e eu deixo-te a mim encostar.
De mão dada olhamos o oceano e tu dizes:
"É aqui que eu quero ficar".